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domingo, 22 de maio de 2011


Palavras que nada significaram.

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 Texto escrito em 4 de Janeiro de 2009, Domingo.

Pode parecer que não, mas essa inconha que eu tenho no peito, chamada coração, também chora, também grita, também se desespera. E a pior das dores, o pior dos desesperos é a falta de esperança, é o fundo do poço. Eu já acreditei ter chegado ao fundo do poço várias vezes, cheguei ao fundo do poço várias vezes. Agora, não estou mais no fundo do poço. Já estou indo ao caminho do centro da Terra, já passei do solos, já passei de tudo. Vou chegar ao centro da terra e esperar que a temperatura de 50.000ºK e uma pressão de 3 x 1010kg/m2 me matem. Eu não aguento mais. Já dizia Kurt Cobain, 'é melhor se queimar de uma vez, do que ir se apagando aos poucos'. E é isso que está acontecendo. Eu não tenho mais brilho, não tenho mais força e tudo que havia dentro de mim, está morto. A minha última esperança, minha última chama acesa foi brutalmente apagada, e eu não sei com que forças eu estou escrevendo aqui agora. Sinceramente, agora é fácil compreender o que algumas pessoas sentem. Já julguei muito esse tipo de sentimento, mas hoje, eu tenho a total certeza de que ele EXISTE, é REAL e machuca mesmo, de verdade. É muito triste saber que uma única pessoa é capaz de fazer com que a nossa última estrela viva deixe de existir. Uma só pessoa é capaz de, em um mísero espaço de tempo, acabar com toda a sua vontade de sorrir. E o que mais me impressiona, é a capacidade FORA DO COMUM que as pessoas têm, para brincar com os sentimentos dos outros. E eu, idiota, imbecil, trouxa, burra, retardada, acredito em tudo. Caio como um peixinho, passo 4 dias infernais sofrendo horrores pela ausência de algo que nunca existiu de verdade. Algo que não passou de uma brincadeirinha, e que foi crescendo na minha imaginação. Eu sou COMPLETAMENTE acéfala de acreditar nas coisas, de pensar que eu tenho algum poder ou controle sobre algo, que eu posso muito bem fazer com que as pessoas abram mão de coisas por minha causa, que eu realmente tenho alguma importância na vida de alguém.
cansada de todo esse inferno, cansada de NADA ser compartilhado, tudo que eu sinto, eu sou obrigada a sentir sozinha. E é claro, NINGUÉM TEM NADA COM ISSO.
Por que eu não aprendo? TODA vez acaba nisso, toda vez é essa merda.

Mas dessa vez, POR MIM, eu juro que vai ser diferente.
Vá brincar com a porca que pariu, eu não sou um brinquedinho.

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