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domingo, 22 de maio de 2011


E eu pergunto.

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 Texto escrito em 19 de Dezembro de 2008, uma Sexta-Feira.

Que tipo de pessoa está às 5:17 da manhã, com as luzes todas apagadas, ouvindo Radiohead e observando as nuvens se moverem pela janela, enquanto os pensamentos vão muito além do que o sua mente, até mesmo seu coração pode suportar? EuAlguém como eu.
É realmente difícil encarar os fatos, apesar de a cada dia que passa, eu estar mais acostumada com eles. Acontece, que quanto mais eu lido com certos tipos de coisas, menos simples elas ficam, e mais confusões se criam dentro da minha cabeça. Às vezes me pergunto se tudo isso é consequência de tudo que eu vivi, ou se tudo isso é criação da minha mente. Eu realmente não consigo responder esse tipo de pergunta que faço a mim mesma, e sinceramente, sinto falta do tempo em que eu podia encarar a vida com mais naturalidade, e até mesmo, com mais simplicidade.
Gostaria de fazer outros tipos de posts, posts que eu não teria vergonha de divulgar. Queria escrever algo que fosse além do meu egocentrismo e da minha melancolia, mas eu não consigo, não no atual presente.

E quase tão ruim como sentir esse tipo de coisa, é não ter com quem desabafar. Não, não há uma só pessoa nesse mundo que eu poderia falar o que realmente está me tirando o sono, nesse momento. Amigos. Sim, eu tenho amigos, mas eles certamente não entenderiam e com certeza, não se importariam muito, porque 'bobeira' é 'bobeira'.

O que eu mais queria era poder sair de casa, parar no meio do asfalto e gritar. Dizer o quanto eu odeio o que estou sentindo, o quanto eu sinto falta de ser quem eu era, e que não, eu não consigo suportar essa ausência, quando o que eu mais queria perto de mim, está longe. Em todos os sentidos, literalmente. Não longe de alma, mas existem horas, que a distância física consegue falar muito mais alto que a distância espiritual.

E é sempre assim: A pessoa mais importante, é sempre a mais difícil de ver.

Preciso realmente desabafar. Preciso colocar isso tudo pra fora, preciso encontrar um método de amenizar essa dor, porque chegou a um ponto que eu não posso mais suportar. Sei que para chegarmos a um equilíbrio, é preciso saber ser racional e passional. Mas ultimamente, não consigo ser racional. Só consigo pensar com o coração, que já tá quase explodindo.

Bom Dia.

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